Um papiro grego encontrado no deserto da Judeia de quase 2 mil anos atrás foi traduzido por pesquisadores e uma história de corrupção do período do domínio romano em Israel veio à tona.
Contendo 133 linhas de texto, o documento descreve detalhes sobre um caso de fraude fiscal de dois réus, Gedaliah e Saul. Os atos incluíam vendas fictícias de escravos e sua libertação sem pagamento de impostos.
O estudo produzido por pesquisadores da Academia Austríaca de Ciências, da Universidade de Viena e da Universidade Hebraica de Jerusalém, foi publicado na revista Tyche e revela o que as linhas contam a história de 2 mil anos atrás.
“Eu me ofereci para organizar os papiros encontrados no laboratório de pergaminhos da Autoridade de Antiguidades de Israel e, quando os vi estavam marcados como escritos em ‘nabateu’”, explicou a professora Emérita Hanna Cotan-Paltial, pesquisadora sênior dos Departamentos de História e Estudos Clássicos da Universidade Hebraica.
“É grego!”, comemorou a pesquisadora.
Após anos de tradução, os pesquisadores descobriram que o papiro conta a história de dois réus, Gedaliah e Saul, acusados de falsificar documentos e fraudar o imposto romano. Os atos incluíam vendas fictícias de escravos e libertações sem pagamento de impostos.
“A falsificação de documentos e a sonegação fiscal eram consideradas crimes graves no Império Romano, puníveis com trabalhos forçados e até mesmo execução”, comentou Cotan-Paltial.
A descoberta dessa narrativa fornece novos insights sobre as tensões sociais e políticas na época do domínio romano na Terra de Israel.
Fonte: CNN Brasil