A nomeação do desembargador Kassio Nunes Marques para o Supremo Tribunal Federal (STF) esquentou os bastidores da corrida pela vaga que abrirá no Superior Tribunal de Justiça (STJ) com a aposentadoria do ministro Napoleão Nunes Maia, em dezembro. É que o nome de Nunes Marques era um dos mais fortes para o posto. Com a ida do desembargador para o STF, o nome de seu colega Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), ganhou força. Outros cotados são Aluisio Mendes (TRF-2) e Cid Marconi (TRF5-).
A promoção de Nunes Marques também deu origem a outra corrida: para a vaga dele no TRF-1, o que anda movimentando o meio da advocacia. É a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) quem vai montar uma lista sêxtupla com os indicados à sucessão de Nunes Marques a ser analisada pelo tribunal. Nos bastidores, dois nomes circulam com força: o do ex-presidente da OAB-PI Willian Guimarães e do procurador do Distrito Federal, Flávio Jardim, sócio do Escritório de Advocacia Sergio Bermudes.
Após Nunes Marques comunicar oficialmente a saída do TRF-1, a OAB será informada e abrirá um edital com as regras para as inscrições dos advogados para a vaga. Depois, deve ser marcada reunião para que os 81 conselheiros da Ordem votem. A expectativa é que ela só ocorra no início do próximo ano – e presencial, se já houver vacina contra o novo coronavírus. Os seis mais votados formam a lista sêxtupla que será enviada ao TRF-1. O tribunal, por sua vez, reduz o número de candidatos a três. A escolha final é feita pelo presidente Jair Bolsonaro.