Os shoppings estimam, para o Dia das Mães deste ano, um volume de vendas 19% superior ao registrado em 2021. Mesmo com o cenário econômico atual, inflação e juros altos, o setor mantém o otimismo para a data.
De acordo com o levantamento da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o setor deve superar os níveis do período pré-pandemia, com uma previsão de alta de 12% em relação a 2019, um crescimento real de 2,5%, o primeiro registrado após o início da crise sanitária.
A pesquisa da Abrasce indica que, entre os dias 1° e 8 de maio, os shoppings devem movimentar cerca de R$ 4,9 bilhões.
Segundo o levantamento, este ano, o tíquete médio de compras nos shoppings deve ser superior a R$ 250, o que representa um aumento de 17,4% em relação ao que foi registrado no Dia das Mães de 2021 (R$ 213). Entre os produtos que devem ter o maior destaque na data comemorativa estão perfumaria e cosméticos (95%), vestuário (81%), joalheria (73%) e calçados (71%).
Sobre a movimentação de visitantes, 79% dos shoppings acreditam que o número deverá ser igual ou maior do que 2019. Para os que esperam esse aumento de circulação, a alta será de 12%, em média.
O levantamento da Abrasce foi realizado entre os dias 19 e 26 de abril de 2022, com objetivo de identificar as expectativas do setor em relação à comercialização, fluxo de visitantes, tíquete médio e outros indicadores para a semana do Dia das Mães.
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o comércio varejista deve movimentar, na data, pouco mais de R$ 14 bilhões.
Já as projeções do Sindicato de Comércio Varejista apontam valores próximos. Segundo o sindicato, o comércio deve registrar um aumento nas vendas entre 16% e 19% em relação ao ano passado.
Para economistas, alta nas vendas está associada com a possibilidade de compras físicas, visto que, nos últimos dois anos, os consumidores não tinham essa possibilidade e o e-commerce foi o principal canal para compras.
Além disso, os especialistas avaliam que as projeções podem ser um indicador importante da economia, mostrando uma reação da economia, apesar da inflação e da taxa de juros muito elevada.
*Com informações de Filipe Brasil, da CNN