O desenvolvimento do mercado livre de energia têm levado bancos a se associarem à Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abraceel). O mais novo é o Itaú, que criou recentemente uma comercializadora para negociar contratos do setor energético. Além do Itaú, outras instituições financeiras vêm atuando neste mercado, como BTG Pactual, Santander, Banco ABC Brasil e Banco Plural.
O movimento dos bancos está alinhado com o fato de que, a partir 1º de janeiro de 2021, a barreira de entrada no mercado livre convencional será reduzida para 1.500 kW, passando a incluir shoppings. Já em 2022, os supermercados devem ser o foco e, em 2023, comércio e serviços com demanda superior a 500 kW.
Atualmente, para ser um “consumidor livre” – aquele estabelecimento que pode escolher sua energia proveniente de qualquer fonte de geração – a exigência é possuir no mínimo 2.000 kW de demanda contratada por mês.
“A reforma do setor elétrico vem sendo discutida há vários anos e prevê a abertura total do mercado, o que atrai novas empresas buscando novos negócios. Nosso sonho é que todo brasileiro possa escolher e vender sua própria energia, inclusive em suas residências. E no meio deste processo os comercializadores terão papel fundamental no atendimento aos consumidores”, diz Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel.
O mercado livre de energia elétrica existe no Brasil desde 1995 e atende a mais de vinte mil consumidores. Ele representa cerca de 33% de toda a energia consumida no país e 86% da energia da indústria.