Cerca de 14 milhões de chilenos foram às urnas neste domingo (25) para participar do plebiscito que decidirá se Constituição vigente de 1980, feita durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), será substituída.
Pesquisas de opinião divulgadas nos últimos dias apontam que até 85% dos votos devem ser por uma nova Constituição.
“Esta será a maior participação desde 2012, quando o voto facultativo foi estabelecido”, disse Patricio Santamaría, presidente do Serviço Eleitoral (SERVEL). “A impressão é de que vamos superar a maior votação dos últimos oito anos, que foi a que elegeu o presidente Sebastián Piñera com 49,2 % dos votos, em 2017”, afirmou.
O presidente votou cedo no município de Las Condes, no leste da capital, Santiago. “A imensa maioria quer mudar, modificar nossa Constituição”, disse.
O plebiscito é uma resposta do sistema político do Chile às manifestações que tomaram o país em 2019. Movidas pela raiva contra a desigualdade social, os serviços públicos precários e a falta de representatividade da classe política, jovens tomaram as ruas das principais cidades.
Desde o princípio das mobilizações, a Constituição elaborada por Pinochet era apontada como ponto nevrálgico para os problemas sociais.