Representantes da companhia aérea Kogalimavia (conhecida como Metrojet) afirmaram nesta segunda-feira (2) que apenas uma “força externa” poderia ser capaz de provocar a desintegração de uma aeronave no ar, como apontam ter acontecido com o Airbus A321-200 que caiu no último sábado na península egípcia do Sinai.

“A única explicação razoável é que [a queda] foi devido a uma atividade externa”, afirmou o diretor-geral Alexander Smirnov, em entrevista coletiva.

Um problema na cauda da aeronave havia sido completamente consertado, disse ele, que descartou eventuais problemas técnicos da aeronave como causa do acidente.

“Excluímos problemas técnicos e rejeitamos erros humanos”, afirmou.

Segundo Smirnov, na hipótese de problema técnico, a aeronave teria se destruído em solo, e não no ar.

A empresa afirmou, porém, que apenas uma investigação exaustiva será capaz de concluir as causas do acidente.

À BBC o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que uma ação terrorista não pode ser descartada.

Já o primeiro-ministro do Egito, Sharif Ismail, havia dito no sábado que uma falha técnica foi a causa mais provável do acidente, descartando a tese de um atentado terrorista.

Um grupo ligado ao Estado Islâmico havia assumido a autoria do acidente.

O chefe do Comitê de Aviação da Rússia, Viktor Sorochenko, declarou no domingo que o avião “se partiu no ar”.

“A desintegração ocorreu no ar e os fragmentos [do avião] estão espalhados por uma vasta área”, disse Sorochenko à agência de notícias russa RIA Novosti. Ele é parte de um painel internacional de experts de Rússia, Egito, França e Irlanda que estão investigando a queda do avião, que deixou 224 pessoas mortas.

O avião decolou às 5h51 (1h51 no horário de Brasília) da região turística de Sharm el-Sheikh, no mar Vermelho, com destino a São Petesburgo, na Rússia, onde deveria aterrissar pouco depois do meio-dia local (7h de Brasília). A maioria dos passageiros era formada por turistas russos. Todos os 224 ocupantes do voo morreram.

O órgão de aviação russo Rosaviatsiya afirmou, em nota oficial, que o avião deixou de fazer contato com o controle aéreo do Chipre 23 minutos após a decolagem e desapareceu do radar em seguida. Neste momento, o aparelho estava a 30 mil pés de altitude (9.144 m). O comandante do avião queixou-se de uma falha técnica nos equipamentos de comunicação.

Segundo a Airbus, a aeronave tinha 18 anos e vinha sendo operada pela Metrojet desde 2012. O avião tinha acumulado cerca de 56 mil horas de voo em quase 21 mil voos.

Os corpos das vítimas começaram a ser levados no domingo para Moscou.

Fonte: UOL Notícias

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