Neste ano, o aumento do preço do combustível já passou de 18%.
O motorista brasileiro é praticamente o único que paga cada vez mais caro para encher o tanque do carro.
Em 2015, o aumento da gasolina já passou de 18%, muito acima da inflação e dos preços no mercado internacional. Há um ano, era diferente. O barril de petróleo custava, em média, US$ 79 e a gasolina brasileira, em média, R$ 1,43. Agora, o preço médio do barril caiu para US$ 45, mas o valor da nossa gasolina subiu.
“O governo usava esse produtos para controlar a inflação. Agora que o petróleo está barato, a gente tá pagando gasolina e diesel caro. Para a Petrobras isso é bom, porque está repondo as perdas do passado, aqueles R$ 80 bilhões que ela perdeu em função do controle do preço da gasolina e do diesel, quando o petróleo estava caro”, afirma o economista Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura.
Segundo o economista, a Petrobras é a única grande petroleira que não atrela o preço dos combustíveis ao valor do barril do petróleo no mercado internacional.
A diferença entre o preço que paga para comprar e o que cobra para vender a gasolina traz vantagem a Petrobras e ajuda a compensar as perdas do passado. Porém, o combustível caro aumenta a inflação prejudicando vários setores da economia.
“É uma sucessão de erros. Você comete um erro e aí pra consertar esse erro, você comete um erro maior ainda. Então, o Brasil está hoje com a crise de desemprego, inflação e crise social como consequência. A gente poderia estar aproveitando o barril do petróleo barato pra combater a inflação, pra retomada de crescimento e, evidentemente, reduzir essa crise social que o país está passando”, comenta Adriano.
Fonte: G1