Estudantes de medicina são detidos por envolvimento em tráfico internacional

Estudantes de medicina são detidos por envolvimento em tráfico internacional

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Polícia Civil prende dois estudantes de medicina por envolvimento com tráfico de drogas internacional. (Foto: Getty Creative).

Polícia Civil prende dois estudantes de medicina por envolvimento com tráfico de drogas internacional. (Foto: Getty Creative).

Dois brasileiros que estudavam medicina no Paraguai e na Bolívia foram presos pela Polícia Civil em São Paulo acusados de serem ‘mulas’ – como são chamadas as pessoas contratadas para levar droga a outros países.

Uma aluna de 29 anos foi presa na última quarta-feira (11) no Terminal Rodoviário da Barra Funda, na capital paulista. Um outro estudante de 24 já havia sido detido em fevereiro. As investigações, que foram feitas durante um ano, levou à confirmação de um esquema de tráfico internacional de drogas que oferecia dinheiro a brasileiros que cursam medicina no exterior.

Segundo o Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), os brasileiros recebiam esses entorpecentes em países vizinhos e atravessavam a fronteira em ônibus. Primeiro, eles desciam em Mato Grosso (MT) ou em Mato Grosso do Sul (MS) para em seguida seguir para São Paulo. Um dos presos disse à polícia que um traficante paraguaio lhe ofereceu R$ 4 mil para trazer 3kg de cocaína pura ao Brasil.

O valor seria pago por um traficante brasileiro assim que ele desembarcasse com o entorpecente em São Paulo. Preso por policiais civis da 4ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) do Denarc, o indiciado não quis revelar os nomes dos traficantes envolvidos no esquema.

O delegado do caso, Fernando Santiago, titular da 4ª delegacia da Dise, afirmou que a Polícia Federal foi informada da prisão dos dois estudantes por possivelmente se tratar de tráfico internacional de drogas. Ainda de acordo com Santiago, os traficantes escolhem estudantes de medicina para serem ‘mulas’ por acreditarem que eles não levantam suspeitas.

A identidade dos estudantes não foi revelada.

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