Em entrevista coletiva promovida pela NASA às 13h05 de hoje, horário de Brasília, cientistas do Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha, conhecido pelo acrônimo SOFIA (Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy), apresentaram evidências incontestáveis de existência de água em quantidade considerável sob a superfície da Lua. SOFIA é um observatório aéreo, projetado em conjunto por americanos e alemães e montado dentro de um Boeing 747, capaz de observar corpos astronômicos por meio de sensores infravermelhos. Como a observação é feita em voo a altíssimas altitudes, há muito menos interferência da poluição da atmosfera da Terra, permitindo assim leituras mais precisas.
A descoberta levanta inúmeras questões da comunidade científica internacional sobre a composição da água encontrada e mesmo se é viável extraí-la do solo lunar. Se o líquido encontrado for adequado ao consumo ou ao menos utilizável no resfriamento de equipamentos, e se sua extração for possível, ele poderá finalmente viabilizar a construção de uma base permanente no satélite natural da Terra, uma vez que o transporte de grandes volumes desse recurso vital é extremamente trabalhoso e custoso em uma operação espacial.
A notícia do SOFIA chega em um momento crucial da nova era de exploração do espaço pelo qual passa a humanidade. Está em andamento o projeto Artemis, que tem como objetivco levar o homem de volta à Lua em 2024. Saber que existe água em uma ou mais crateras do nosso satélite natural, pode mudar a decisão da NASA de onde exatamente pousar e até mesmo se não seria antes mais adequado enviar sondas com capacidade de mineração para recolher amostras. Informações mais detalhadas são ansiosamente aguardadas, assim como seus desdobramentos.