O diretor de cinema português José Fonseca e Costa, um dos pioneiros do movimento antifascista “Cinema Novo”, faleceu neste domingo aos 82 anos em um hospital de Lisboa, anunciou seu produtor, Paulo Branco.

Segundo a imprensa portuguesa, ele morreu em decorrência de uma pneumonia.

“Apesar de sua enfermidade, ele esperava poder continuar a rodagem de sua última obra, Axilas, baseada em um conto do escritor Ruben da Fonseca, que estava quase pronta”, disse Branco à agência de notícias Lusa.

Nascido em Huambo, em Angola, em 27 de junho de 1933, Fonseca e Costa estudou direito na Universidade de Lisboa entre 1951 e 1955 para depois dedicar-se à sétima arte.

Opositor do Estado Novo, regime ditatorial de Salazar, foi preso pela polícia política em 1960, antes de deixar o país para viver na Itália, onde foi assistente de Michelangelo Antonioni.

De volta a Portugal em 1964, fundou o Centro português de cinema e começou a filmar documentários e curtas publicitários, e depois obras de ficção.

Sua carreira cinematográfica foi marcada por filmes como “O Recado” (1972), “Os Demónios de Alcácer Quibir” (1977), “Cinco Dias, Cinco Noites” (1996) e por “Kilas, o Mau da Fita” (1981), um dos maiores sucessos do cinema português.

Fonte: AFP

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