A Monarquia pensa nas futuras gerações. O Presidencialismo pensa nas futuras eleições.
Trocando em miúdos: é preciso que o país observe lições históricas e desmascare personagens. Desde 1889, com a derrubada da Monarquia Parlamentarista, estamos oscilando na respeitabilidade mundial. Dias atrás um representante diplomático de Israel chamou o Brasil de “anão diplomático”, uma agressão intolerável. Outro, antes, na Copa do Mundo de Futebol disse que o país “merece chute no traseiro”. Tudo causa mágoa, mas saibamos todos que nem sempre foi assim. A história registra e o mundo admira e respeita nosso país e sua população vibrante e trabalhadora. Tempo houve em que, mais que hoje, o Brasil estava integrado às nações mais adiantadas do globo. Considerado um país de primeiro mundo com estabilidade e desenvolvimento. Com a Monarquia exilada, o imperador Dom Pedro II, Defensor Perpétuo do Brasil, intelectual e poliglota, continuou sua vida, sempre procurado pelas mais importantes autoridades da Europa e lecionando para estudantes. Quando faleceu foi motivo de comoção em Paris.
Um exemplo positivo na Monarquia é não filiação da família real a partidos políticos, geralmente tomados pela ambição, com seus caciques e “donos”. Nela, existia o Poder Moderador, que equilibrava o país em momentos de convulsão político-administrativa. Em tempos atuais, por exemplo, tudo isso faz muita falta. Os parlamentares possuíam uma oxigenação natural em seu meio e surgiam lideranças comprometidas com o país. Muitos podem dizer que não era o melhor dos mundos, mas com certeza era melhor do que o atraso em que estamos, com conflitos infindáveis. Impeachment existia para deputados federais, estaduais e até vereadores. A polêmica é necessária, para chegar a objetividade em busca de algo urgente: a reforma política. Vejamos um saudável exemplo: durante uma semana a Rede Bandeirante de Televisão apresentou várias reportagens feitas no Japão. O título? “Japão, vivendo o futuro”. A situação nacional brasileira é bem um plágio, contrario sensu: “Brasil, vivendo o atraso”.
O importante programa jornalístico levou ao conhecimento de todos os avanços da tecnologia, as soluções para enfrentar a crise energética, a luta contra a redução da população. Tudo isso os telespectadores conferiram na série de reportagens do Jornal da Band, que mostrou o empenho daquele país diante de desafios e construção de cenários futuros. O sistema de governo do Japão? Monarquia Parlamentarista. É preciso que as lições sejam aprendidas, baseadas em fatos reais. A Monarquia pensa nas futuras gerações. O Presidencialismo pensa nas futuras eleições. Chega daquela “conversa fiada” de que temos que adaptar tudo ao jeito brasileiro, oportunidade em que os “gatunos” aproveitam para “vender ilusões” e prejudicar presentes e futuras gerações. Nos países que adotam o sistema parlamentarista existe a moção de censura (ou moção de desconfiança). O que significa? É uma proposta parlamentar apresentada pela oposição para derrotar ou “acender o sinal de alerta” para o governo. A moção é aprovada ou rejeitada por meio de votação (o chamado voto de censura ou voto de desconfiança). E de onde vem o voto de censura? O voto de censura surgiu em 1782, no Reino Unido, após a derrota do exército britânico na Revolução Americana. O Parlamento Britânico aprovou uma moção afirmando que seus integrantes não mais confiavam nos ministros. O então primeiro-ministro Lord North apresentou então seu pedido de renúncia ao Rei Jorge III.
São mecanismos hábeis que livram o país de “sangramentos” nas instituições como o do deputado Eduardo Cunha, atual presidente da Câmara dos Deputados, que denunciado por crimes continua presidindo a importante Casa Legislativa composta por 513 deputados federais. Muitos, certamente, andam ruborizados, com trabalhos pautados por alguém que ali não mais deveria estar.
Pronto, 2016, depois 2017, 2018… E o tempo passando. O desenvolvimento, a evolução, inovação, ciência, a tecnologia, pelo mundo, não fica parado, esperando adequação do país para adquirir competitividade e gerar bem estar social, com melhorias na educação, saúde, segurança pública. Todas as previsões, rigorosamente, apontam para a recessão e tragédia econômica. Em seu primeiro artigo do ano na Tribuna da Imprensa, online, o jornalista Hélio Fernandes se manifesta: “Só existe um responsável por essa crise catastrófica que completa 5 anos: a própria Dona Dilma. Mas dois irresponsáveis cavaram o subterrâneo, onde a incompetente, imprudente e inconsciente desconhecida, mergulhou o país, logo que foi transformada em presidente”.
Quando o jornalista fala sobre dois irresponsáveis que cavaram o subterrâneo onde a “presidenta” Dilma Vana Rousseff mergulhou o país, está lembrando o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, também conhecido por “Esqueçam o Que Escrevi” e, depois, o “metalúrgico” Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido como “Não Sei de Nada”. Os três e a reeleição que o primeiro emplacou na Constituição Brasileira, seguem, há anos atrasando o país. E ainda pegaram carona no Plano Real, de paternidade do presidente Itamar Franco, uma rara inspiração dessa travestida República, uma fruta que “chuparam e jogaram o caroço e bagaço fora”. Certamente a lixeira da história vai enterrar suas “biografias” enganadoras. De 1889 a 2016 são muitos os farsantes que buscaram apenas “o próprio umbigo” em detrimento do país e da população, pensando única e exclusivamente em próximas eleições.
Gilberto Clementino dos Santos
Análise Política