[ad_1]

A noradrenalina também é chamada de norepinefrina pelos especialistas. Sua principal função é na resposta de luta ou fuga em situações de risco. Essa molécula atua em duas frentes no nosso organismo, sendo um hormônio e um neurotransmissor.

Neurotransmissor…

Funciona assim: ela é um agente do chamado sistema nervoso simpático, um conjunto de ferramentas que nosso metabolismo usa quando precisa responder a situações de estresse – ou seja, que de simpático não tem nada.

A noradrenalina atua como neurotransmissor e como hormônio (Fonte: Shutterstock)A noradrenalina atua como neurotransmissor e como hormônio. Fonte:  Shutterstock 

No cérebro, é produzida em células nervosas que ficam na área do tronco cerebral, pertinho da nossa medula espinhal, a partir da dopamina. Quando entra em ação, aumenta nossos estados de alerta, excitação e atenção.

No longo prazo, entretanto, ela irá afetar os ciclos de sono e vigília, provocar alterações de humor e até mesmo dificuldades de registrar novas memórias. Alguns estudos recentes apontam que a molécula pode acelerar condições neurodegenerativas como o Alzheimer.

… e hormônio

Mas não é só no cérebro que ela está presente. Como também é um hormônio, a noradrenalina também é produzida pelas nossas glândulas suprarrenais – que como o nome indica ficam bem acima dos rins.

Situações de estresse, sobretudo agudas, desencadeiam a liberação desse material na corrente sanguínea. Distribuídas pelo corpo, ela irá provocar uma série de reações fisiológicas, coletivamente conhecidas como resposta de luta ou fuga.

Noradrenalina é liberada também em situações de estresse para alertar nosso corpoNoradrenalina é liberada também em situações de estresse para alertar nosso corpo. Fonte:  Shutterstock 

Nesse caso, a sua principal função é o controle da frequência cardíaca e o bombeamento de sangue do coração. Ela também ajuda a quebrar gordura e aumentar os níveis de açúcar para deixar mais energia à disposição para o corpo.

O que é resposta de luta ou fuga?

A resposta de luta ou fuga é uma série de alterações fisiológicas que acontecem no nosso corpo frente a uma situação que pode ser considerada de estresse agudo pelo cérebro.

O termo vem das alternativas mais básicas no enfretamento de uma situação de risco: lutar ou fugir. Ele foi escolhido porque os especialistas acreditam que essa é a origem desse arsenal de ferramentas do nosso corpo.

Nossos antepassados, quando confrontados com um predador, por exemplo, deveriam se preparar para o enfretamento ou para correr de volta à segurança. Em ambos os casos precisariam estar alertas e com bastante energia disponível para gastar durante a atividade sem se cansar rápido.

Nossos antepassados dependiam da noradrenalina para reagir em situações de perigo (Fonte: Shutterstock)Nossos antepassados dependiam da noradrenalina para reagir em situações de perigo. Fonte:  Shutterstock 

Hoje as mesmas vias são ativadas em casos de estresse. Seja para fugir de um cachorro na rua, para encarar um discurso de trabalho super importante ou vendo um filme de terror, ainda recorremos ao nosso metabolismo ancestral para lidar com a situação.

Mas o que acontece nesses casos? É o cérebro que primeiro identifica uma situação na qual precisamos nos proteger. Isso acontece no hipotálamo, umas das muitas estruturas dentro da nossa cabeça. O problema é que a decisão não é racional: nem sempre a situação representa um perigo real.

Daí, já sabemos: o órgão dispara uma dose de noradrenalina. Por onde for passando, o hormônio deixa avisado: o perigo está próximo. E nossos órgãos começam a reagir. Nos olhos, as pupilas se dilatam, deixando entrar mais luz para vermos melhor o ambiente

Hoje em dia enfrentamos riscos diferentes, mas a resposta do corpo é a mesma (Fonte: Shutterstock)Hoje em dia enfrentamos riscos diferentes, mas a resposta do corpo é a mesma. Fonte:  Shutterstock 

Na pele, os vasos sanguíneos diminuem a destruição de sangue. Ficamos pálidos de medo porque existem outras partes mais importantes para irrigar com o líquido vital. Os músculos, por exemplo, porque precisaremos deles para agir com força e com velocidade.

O coração, portanto, também tem um papel fundamental. Ele acelera os batimentos, trabalhando a todo vapor para garantir que há oxigênio o suficiente alimentando a queima de energia no corpo.

E falando nele, a necessidade de oxigênio também faz com que nossa respiração acelere. As vias áreas até mesmo se abrem para que ele entre em maior quantidade. O fígado, por sua vez, começa a converter glicogênio armazenada em glicose, para nos dar energia.

Em qualquer situação de medo a noradrelania é liberada, até mesmo vendo um filme - o cérebro não sabe a diferença (Fonte: Shutterstock)Em qualquer situação de medo a noradrelania é liberada, até mesmo vendo um filme – o cérebro não sabe a diferença. Fonte:  Shutterstock 

E, quando chega na glândula suprarrenal, dispara mais de si mesma. O recado é claro: vamos continuar reagindo assim até estarmos fora de perigo – e aí o sistema parassimpático, responsável por nos acalmar, entra em ação.

Graças a esse hormônio, a humanidade vem enfrentando os desafios que teve até aqui. Além disso, hoje ele pode ser usado como medicamento em casos de parada cardíaca, anestesia e transfusões de sangue, porque é capaz de manter a pressão arterial alta em curto prazo.

[ad_2]

Leave a comment