Um vídeo gravado pelo presidente da Fecomércio no Rio de Janeiro, Antonio Florêncio de Queiroz Junior, virou mais um elemento na mão de investigadores da Lava-Jato para provar, segundo eles, as sólidas evidências colhidas contra um esquema de escritórios de advocacia que operou na gestão de Orlando Diniz no Sistema S do Rio.
A auditoria da entidade, segundo Queiroz Junior — que era o vice-presidente e assumiu a presidência com a saída de Orlando Diniz — fundamentou boa parte da operação deflagrada pela Polícia Federal contra bancas de advocacia que teriam forjado contratos de honorários para receber quantias milionárias do então presidente da Fecomércio Orlando Diniz, que acreditava estar remunerando os advogados por tráfico de influência nos tribunais.
O vídeo foi gravado no dia que foi deflagrada a operação. “Eu queria deixar claro para vocês que a nossa administração, desde o primeiro dia que aqui chegou, realizou uma auditoria em todos os contratos e acordos que foram realizados pela gestão anterior”, diz Queiroz Junior na gravação: “O Resultado dessa auditoria foi entregue ao Ministério Público Federal e serviu de base para toda a operação que hoje aconteceu”.
O vídeo e a auditoria, segundo investigadores do MPF, são provas de que a investigação não se baseou apenas na delação de Orlando Diniz, que é contestada por investigados. A operação está suspensa por decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF.