Aumento de preços assusta consumidores

GILA massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa.” (George Orwell)

 

Não tem jeito, os mecanismos de controle do governo e as leis naturais de oferta e procura está em polvorosa. A inflação insistente joga os preços para cima, tudo diante de uma dramática vida dos agricultores e pecuaristas capixabas que sofrem com uma seca que parece não ter fim, o que provoca aumento nos preços de frutas, verduras, carnes, laticínios, etc., assustando consumidores. Grandes períodos de estiagem atrapalham culturas e aumentam endividamentos de produtores em instituições financeiras. Como alimento não se tem como economizar é preciso estar atento às promoções ou substituições de produtos, sem perder a qualidade.

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A jornalista Maryhanderson Ramos Ovil (foto), Diretora Responsável do jornal Metrópole ES, conferiu os aumentos abusivos em produtos nas prateleiras e gôndolas de supermercado. Os aumentos assustam os consumidores que estão, em sua grande maioria, com seus salários estagnados, o que os obriga a contornar valores deixando de comprar determinados produtos e dando prioridade aos de primeira necessidade. As donas de casa que obrigatoriamente vão aos supermercados toda a semana observam uma grande variação nos preços de um estabelecimento para outro. O caminho para chegar ao melhor resultado é um velho conhecido: pesquisar e, quando possível, pechinchar, o que nem sempre é possível nas grandes redes.

A Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON), órgão destinado à proteção e à defesa dos direitos e interesses dos consumidores, acompanhando e fiscalizando as relações de consumo, constatou 25% de aumentos nos preços em relação ao ano passado, 2015. O tomate, por exemplo, ficou como vilão dos aumentos, tendo a maior variação, 143%, seguido da cebola, que também passa dos 100%. A solução recomendada é pesquisar em vários estabelecimentos para constatar o preço mais em conta. O PROCON alerta, também, para que os consumidores fiquem atentos à validade dos produtos. Quando houver ofertas, com preços bem convidativos, desconfie, confira a data de fabricação e validade do produto, para evitar pagar por produto que poderá causar transtornos ainda maiores à saúde de seu bolso. Lembre-se de que os remédios, também, sofreram aumento. O Governo autorizou reajuste de até 12,5% nos preços, com índice acima da inflação, pela primeira vez em mais de 10 anos, no dia 01 de abril de 2016. Em 2015, o reajuste máximo autorizado foi de 7,7%. Em 2014, de 5,68%. E, infelizmente, o índice de 2016 apesar da data de autorização não foi mentira, como se pode constatar em qualquer farmácia da esquina.

Gilberto Clementino
Colunista

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