Um dos fundadores do Nubank, David Vélez, publicou neste domingo, 25, no Linkedin, mais um pedido de desculpas em relação à posição da instituição sobre a questão racial. É que nesta semana, a co-fundadora do Nubank, Cristina Junqueira, disse, no programa Roda Viva, que não consegue recrutar executivos negros, e que não podia “nivelar por baixo”. Houve uma forte reação e ela também pediu desculpas.
A novidade deste domingo, 25, é que Vélez declarou, na rede social, que a “diversidade sempre foi um dos pilares [banco], mas falhamos ao não trabalhar ativamente para enfrentar o racismo estrutural”. Ele informou ainda que passaram os últimos dias em conversas internas e com “ativistas negros de fora do Nubank e com clientes”.
David Vélez garantiu que desenvolverão uma agenda que ajude a buscar “a diversidade e a inclusão racial no Brasil e na América Latina”. No seu blog, o banco reconheceu: “O Nubank Errou”. E afirmou que seu posicionamento agora é “desafiar de novo o status quo”.
O episódio mostra como mudou o patamar de preocupação do mundo corporativo com a questão racial. O banco admitiu, também no blog, que o erro foi achar que bastava ter os valores da diversidade e “as coisas iam se resolver sozinhas”.
Mais adiante, ainda na nota de explicação, afirmou que “a diversidade étnico-racial é um desafio muito maior e mais complexo do que imaginávamos”. Agora, o banco fez uma parceria com uma ONG de inclusão racial e defendeu que outros bancos e fintechs sigam o mesmo movimento.