“Lula não pode mais dizer que não sabia”

“Lula não pode mais dizer que não sabia” (ex-senador Pedro Simon)

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Luiz Inácio Lula da Silva, mais conhecido como Lula, é um político, ex-sindicalista e ex-metalúrgico brasileiro. Foi o trigésimo quinto presidente do Brasil, cargo que exerceu de 1º de janeiro de 2003 a 1º de janeiro de 2011. Essa parte todos sabem e jamais sairá da lembrança dos brasileiros. Ele é o sétimo dos oito filhos de um casal de lavradores analfabetos que vivenciaram a fome e a miséria na zona mais pobre do estado de Pernambuco. Suas origens e seu discurso de sindicalista em defesa de um país justo para todos foram o alicerce de sua, insistente e vigorosa, plataforma eleitoral de sucesso. A população depositou esperanças enormes em seu sucesso e todos acreditaram que entraria de modo positivo para a história, logo após uma experiência razoável com o presidente Itamar Franco e seu Plano Real e, depois, um governo egocêntrico de Fernando Henrique Cardoso, de oito anos, numa estranha estratégia em conluio com o Congresso Nacional que criou a famigerada reeleição no país.

O objetivo desse artigo é exatamente esse: falar da decepção dos eleitores. Até mesmo de quem votou e acreditou nele (Lula) e em sua indicação sucessória (Dilma) ao fim de seus oito anos de governo se encontra desolado.  O que acabou ficando evidente é que o país realmente não era para todos e nem era ou é Pátria educadora. Dois governos e duas mentiras. Foi tudo um jogo de poder pelo poder, outra falácia, outra mazela. A cada dia, nesses últimos doze anos, novidades ruins. Nunca notícias boas, mas sempre péssimas, atormentando a vida das pessoas e iludindo os mais pobres com programas assistencialistas que se revelariam destinados a um projeto de poder. Trabalhadores seguem assustados diante de incertezas quanto aos benefícios sociais e aposentadorias. E tome Operação Lava a Jato, com abertura de inquérito para investigar se construtoras envolvidas no petrolão bancaram a reforma da propriedade, usada pelo líder petista, ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o político que nunca sabe de nada. Aquele que espera pela defesa, imprescindível, de dona Dilma em relação as suas trapalhadas desnudadas pela implacável atuação da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça. A “presidenta”, preocupada com o impeachment vindo em sua direção, quer pelo Congresso Nacional, quer pelo Tribunal Superior Eleitoral, está atônita, confundindo conteúdos fundamentais e saudando a mandioca, que momento trágico para a vida nacional.

A Revista ISTOÉ entrevistou um digno e respeitado político brasileiro, o ex-senador Pedro Simon (86). Entusiasmado com os rumos da investigação sobre o esquema de corrupção na Petrobrás, o ex-senador acredita que as denúncias serão responsáveis por uma verdadeira transformação na ordem política brasileira. Será? No alto de sua sabedoria o velho político afirmou: “Eu rezo todas as noites pelo Sérgio Moro e pelo Papa Francisco. Tenho medo que aconteça alguma coisa com eles”. E disse mais: “Lula não pode mais dizer que não sabia”.

E a BBC Brasil confirma: “Para um dos principais cientistas sociais do Brasil, o PT outrora popular e de traços messiânicos caiu na “armadilha” da “corrupção altruísta” – movida, em tese, pelo desejo de retirar dos ricos para “prestar um grande serviço à sociedade”.” E de acordo com o que todos vêm às escâncaras: “O PT não avançou propriamente em nenhuma questão social. A classe média do PT caiu de patamar em questão de horas quando a crise se agravou. Houve avanços no ensino superior, mas em geral a questão da educação foi muito mal colocada. E houve casos graves como entregar o Ministério da Ciência e Tecnologia a um deputado (Celso Pansera, PMDB-RJ) que não é do ramo, cuja profissão é ser dono de restaurante por quilo.”.

Sobre o ex-presidente: “Ele governa o tempo todo dividido (entre messianismo popular e a prática do poder). Essa consciência da duplicidade se manifesta já no primeiro ano de governo. Em vez de agir como presidente, ele critica o governo como se não fosse ele. Essa dupla figura segue até o fim e vai, ao mesmo tempo, esvaziando o PT. O lulismo, que é o Lula maior do que o PT, fenômeno que o (cientista político) André Singer estudou e foi testemunha, é produto desse fenômeno de duplicação da pessoa que preside a República.”. A criatura (Dilma) parece ter herdado do criador (Lula) a maior parte dos defeitos, mas agregou outros tantos, que hoje seu índice de reprovação é o mais baixo da série histórica do levantamento, em 1999, superando o ex-presidente Fernando Collor de Mello quando estava em vésperas de sofrer impeachment. E Lula, continua não sabendo de nada…

Gilberto Clementino
Análise política

Crédito imagem: resistenciademocraticabr.blogspot.com

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