Mais patética do que épica

Ao participar de uma formatura no Instituto Rio Branco, o chanceler Ernesto Araújo criticou o patrono da turma, João Cabral de Melo Neto, diplomata e um de nossos maiores poetas. Aproveitou para informar que se considera também poeta e diplomata. Foi em frente, e afirmou que “a diplomacia pode ser lírica, pode ser dramática, mas também pode ser épica”.

Até agora, felizmente, não tivemos o dissabor de conhecer os versos cometidos por Ernesto Araújo.

Quanto à diplomacia, a performance de nosso chanceler — até mesmo em discurso em cerimônia de formatura — é uma prova de que ela pode ser também patética.