República e Impeachment de Dilma, o mais do mesmo…

GIL

“Façamos da interrupção um caminho novo. Da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sonho uma ponte, da procura um encontro!” (Fernando Sabino).

Marcas importantes e lamentáveis da República Brasileira: Impopularidade e corrupção. Desde que aplicaram o golpe – esse sim verdadeiro – na Monarquia Parlamentarista em 1889, ancorados em sua “ad infinitum” incompetência, chafurdam no lamaçal da impopularidade, corrupção e eterna conspiração. E o país segue, aos trancos e barrancos. De Marechal Deodoro da Fonseca a Dilma Vana Rousseff, o mesmo do mesmo, apenas fracassos. E tem ainda, dentre tantos, Lula, o farsante. O Partido dos Trabalhadores, o arrogante. Dilma? Não tem jeito, chame o psicoterapeuta… É muita incompetência e ausência de patriotismo. Assiste ao país ser vítima de ridicularização internacional e alegria daqueles que sabem de sua vocação para o sucesso, mas retardada por sucessivas gestões administrativas incompetentes.

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Vale a pena, portanto, relembrar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva surfou nas ondas do Plano Real (royalties para presidente Itamar Franco e não para o egocêntrico sociólogo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, culpado direto pela introdução da reeleição na política do país), que estabilizou a moeda brasileira e segurou o processo inflacionário, que tanto prejudicou e prejudica a sociedade brasileira ou qualquer outra em todo o mundo. O plano, de quebra, garantiu avaliações positivas de agências de risco, que voltaram a pontuar positivamente o país, atraindo investimentos e alimentando esperanças. Lula curtiu seus momentos de fama, em oito anos de governo, “que maravilha viver”, em que se preparava para autodenominação “Eu fui o melhor presidente do mundo”. Uma piada sem nenhuma graça, mas partindo, sempre, de um um tipo de indivíduo do qual a República está impregnada, nada de se estranhar. Durante todo os seu período de “governo” esteve favorecido por uma economia mundial sem hostilidades. Sempre falastrão, arrotando avanços produzidos por mudança “interna corporis” (intencional) na aferição de estatísticas, criando numa nova versão para a classe média e “ascensão” dos mais desprotegidos que chegavam ao consumo com crédito facilitado (o que acabou por endividar enorme parcela da população) e assistencialismo de Estado, sem, contudo conquistarem a plena cidadania por meio de geração de empregos e renda, o que, de fato, seria garantir o verdadeiro benefício social, visto que o maior deles é, sem dúvida, a oferta de emprego. Mas, se você “dá o peixe” (assistencialismo) e “não ensina a pescar” (emprego), apenas se comporta como um farsante, enganador, que não deseja o cidadão livre, sem amarras, qualificando seu sagrado voto eleitoral, para decidir – de verdade – o que é melhor para si, sua família e seu país. Hoje, seus “intelectuais de esquerda” acusam a estratégia como equivocada, mas “ab initio” foram seus maiores defensores.

dilma rousseff by redes sociais

Todavia, o objetivo primário nunca foi resgatar a imensa dívida social, com recuperação dos excluídos, reforma agrária (observe os movimentos de sem terra e sem teto que estão a “espernear” durante todo o período Lula – oito anos – e primeiro governo de Dilma Rousseff, acrescido de mais esse tempo em que governou até ser em 12 de maio de 2016, afastada, agora, por 180 dias, dentro de um processo de impeachment, que ainda aguarda conclusão), geração de empregos, melhoria das condições de saúde, educação, ciência, inovação, tecnologia, dentre tantas carências nacionais. O que sempre impulsionou Lula e seus companheiros foram, a partir do Foro de São Paulo, composto por partidos e movimentos de esquerda da América Latina e Caribe foi o estabelecimento de um exército de eleitores à partir de um assistencialismo de Estado, que garantisse milhões de votos para chegarem ao poder e garantir um projeto de poder. Isso mesmo projeto de poder, projeto para se perpetuar no poder, não projeto para o país. Tudo pactuado com outros países de viés esquerdistas, que curiosamente, também estão a definhar em suas ações.

Apeada do poder, por 180 dias, em princípio, com direito a ampla defesa e contraditório, referente às “pedaladas fiscais”, ferindo orçamento e desrespeitando o Congresso Nacional, Dilma Rousseff parece não entender que seu criador é seu verdadeiro inimigo oculto. Tudo se agrava, para ela em particular, confirmada utilização de remédios para seu constante descontrole emocional, onde nem mesmo assessores mais próximos escapam a ataques histéricos, de fúria mesmo, produto de ausência de consciência sobre a gravidade nacional, com a inflação beirando dois dígitos e a massa de desempregados beirando 11 milhões, tudo, tudo, acrescido da desconfiança dos investidores que olham de soslaio às declarações de “saudação de mandioca” ou em conteúdos que deveriam ser importantes para a saúde pública repletos de dislexia e cognição: “Porque o mosquito transmite essa doença porque ele coloca um ovo. Esse ovo tem o vírus que vai transmitir a doença”. Difícil… Desde que, dona Dilma fincou pé na reeleição, dando um chega pra lá no “Volta, Lula”, não consegue perceber que o seu verdadeiro algoz é o ex-presidente, sedento pelo poder, o verdadeiro chefe do Partido dos Trabalhadores (ao qual é  filiada). Tudo o que faz, desde sempre, é um “me engana que eu gosto”, mordendo e assoprando, na procura de garantir o seu “legado”. Sem o foro privilegiado que procurou obstinadamente (ajudado por Dilma, a quem iludiu e, ingenuamente, serviu aos seus propósitos) estará ao alcance da caneta do juiz Sérgio Moro, em Curitiba/PR. Dona Dilma realmente dá sinais de esgotamento, o que é visível e a maioria concorda. A prescrição de medicamentos calmantes deve ter dobrado. Quando condena seu vice (de mais de cinco anos), do primeiro e segundo mandato, dizendo-o golpista, por pior que seja, se esquece que foi escolhido por ela e seu partido, como companheiro de chapa nas eleições presidenciais, sob as bênçãos de Lula e do PT, também, e desde sempre… Que República!

Gilberto Clementino
Análise política

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