“O violão é a minha alma; minha alma é o violão. Eu não tenho alma não; minha alma é um violão” (Maurício de Oliveira)
Uma homenagem merecida para o grande músico Maurício de Oliveira, reconhecido nacional e internacional. O ícone da música capixaba, desde quarta-feira (24) ganhou sua imagem retratada e eternizada numa estátua, na praia de Camburi, em Vitória, ao lado do Quiosque 4, sentado num banco com seu inseparável violão. A obra foi realizada pelo artista argentino Fernando Poletti, que venceu o edital da Prefeitura Municipal de Vitória. Maurício de Oliveira, nasceu em Vitória, em Porto das Pedreiras, no dia 19 de julho de 1925 e faleceu em 01 de setembro de 2009, aos 84 anos. Em 1967 gravou um álbum pela gravadora Odeon/London interpretando Villa Lobos, contendo os Estudos, Prelúdios e a Suíte Popular Brasileira. É autor de obras como a Dança do Chico Prego, homenagem ao personagem Capixaba e Canção da Paz. Maurício de Oliveira foi o primeiro brasileiro convidado a gravar a obra completa para violão de Heitor Villa-Lobos, em 1967.
Na homenagem os familiares destacaram o amor do artista pela terra capixaba, lembrando que apesar do reconhecimento atingido nunca pensou em morar fora do Espírito Santo. Tião de Oliveira, um de seus filhos, destacou a importância do registro e localização da estátua, que fica próxima ao mar, motivo de inspiração para o músico, que era descendente de pescadores. A obra resultou de uma parceria da Secretaria Municipal de Cultura de Vitória e do Instituto de Ação Social e Cultural – Sincades, responsável pelos recursos financeiros, com custo de produção avaliado em R$ 160 mil. Sobre a curiosa semelhança da homenagem feita ao poeta Carlos Drummond de Andrade, em Copacabana, Rio de Janeiro, principalmente no detalhe do uso de óculos, o autor da produção explicou que não os fez separados da escultura, para evitar o que acontece no estado carioca onde são reiteradamente danificados ou furtados. No caso da estátua que homenageia o capixaba Maurício de Oliveira, os óculos estão incorporados à escultura.
Gilberto Clementino
Colunista