O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons.” (Luther King)

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É a mais pura verdade. Entro num taxi e ouço o motorista Dutra, não o marechal, lógico, mas o taxista, Sérgio Dutra e, afinal, ele tem toda a razão. É preciso muito cuidado, diante de uma cleptocracia e desmoralização das instituições, com previsões sombrias para as futuras gerações. Toda a cautela ainda será insuficiente com relação aos pleitos eleitorais. As eleições se aproximam. Sempre aquele monte de pré-candidatos correndo para preencher vagas nos partidos políticos e se lançarem como candidatos aos cargos proporcionais e majoritários. Diz o velho dita que “gato escaldado tem medo de água fria”.  O brocardo serve muito bem para todos os eleitores. Exatamente por isso, roubado, esfolado, abusado, vilipendiado, deve estar muito atendo ao perfil dos candidatos. Certo é que o financiamento de campanhas por pessoas jurídicas sofreu um revés, mas nada adianta se não houver uma conscientização do eleitor, qualificando seu voto, examinando a biografia dos candidatos.

Leva um tempinho, o material humano não ajuda, mas a “dor de cabeça” será bem menor quando sua atenta observação resultar em um eleito que sabe propor (indicações), requerer (informações), apresentar projetos e realizar obras que atendam aos anseios da população. A verdade é que, em todas as eleições, anos após anos, o fato se repete: o indivíduo chega cheio de “promessas”, consegue uma vaga num dos 35 partidos registrados oficialmente na Justiça Eleitoral. Ou seja, o direito a votar e ser votado, garantido pela Constituição Federal, pode ser exercido tranquilamente. Mas, onde mora o perigo? A resposta é simples. Existem as raras exceções, mas de modo geral muitos estão à caça de um bom salário que lhes possibilite, apenas e tão somente, fazer o chamado “pé de meia”. Muitos, após eleitos, jamais dão às caras nas suas comunidades onde supostamente têm suas bases eleitorais.

E a análise vale para todos os cargos. O “ronco das ruas” e as “rádios corredores” revelam que um determinado candidato, eleito, teria chegado ao palácio com um caminhão de mudança. Concluído seu mandato, mais de uma “dezena de caminhões baú” foram necessárias para transladar seus “mimos” rumo à residência de origem. Tudo lamentável, condenável, péssimo exemplo. Mas muito pode ser feito para evitar que os cofres públicos sejam “sangrados” e sobre dinheiro para a saúde, educação, segurança pública, por exemplo. E começa, no jogo democrático, pelo voto. Esse sufrágio universal. Sua arma implacável e fulminante. É com dizia uma chamada muito bonita e de apelo principalmente ao eleitor, feita numa época, triste, de ditadura militar: vote bem, seja feliz, ninguém segura mais esse país (…).  Dutra, não o marechal, o taxista, tem razão. “não jogue seu voto no lixo”. Evite os candidatos mercenários que estão à espreita, usando sua boa fé, apenas em busca de seu “pé de meia”.

Gilberto Clementino
Análise política
Crédito imagem: internet

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