Testes para detectar infecções sexualmente transmissíveis podem ser feitos rapidamente no SUS – Notícias

Testes para detectar infecções sexualmente transmissíveis podem ser feitos rapidamente no SUS - Notícias

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As ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) afetam milhares de brasileiros todos os anos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, estima-se que, até junho de 2022, 15.412 indivíduos fossem portadores de Aids e 79.587 de sífilis, além de 716.946 infectados com hepatites virais até dezembro de 2021. 





Para uma adequada qualidade de vida e interrupção da transmissão das doenças, a pasta preconiza o tratamento das condições. No entanto, é importante que antes haja o diagnóstico correto para o encaminhamento preciso. 


Atualmente, o SUS (Sistema Único de Saúde) oferece testes rápidos gratuitos para HIV, sífilis, e para as hepatites B e C.


“Os testes são destinados a quaisquer pessoas, em especial às com vida sexual ativa e populações com maior vulnerabilidade para complicações para essas doenças”, afirma, em entrevista ao R7, o diretor do Departamento de HIV/AIDS, Tuberculose, Hepatites Virais e ISTs do Ministério da Saúde, Dráurio Barreira.


Segundo a SES-SP (Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo), os testes são feitos a partir da coleta de uma pequena gota de sangue da ponta dos dedos ou de uma punção. A depender do fabricante, podem ser realizados, também, com soro ou plasma, completa Barreira.


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O clínico geral Vital Fernandes conta que, uma vez coletado, o sangue é aplicado em uma área específica do dispositivo de teste, que leva um tampão, que ajudará a amostra a se mover ao longo da área do exame. Os resultados demoram de 30 a 40 minutos para aparecer.


“Assim como nos testes rápidos de Covid-19, os testes rápidos de ISTs geralmente têm uma linha de controle que sempre aparece se o teste for realizado corretamente. Se uma segunda linha aparecer durante o tempo de espera, isso geralmente indica um resultado positivo. É importante que esses testes sejam realizados por um profissional treinado para garantir que sejam feitos corretamente e que os resultados sejam interpretados corretamente.”



Diagnóstico



O diretor do departamento de ISTs do ministério explica que, embora os testes auxiliem, em alguns casos é importante que sejam feitos exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico. 


A pasta preconiza que, para o diagnóstico da infecção pelo HIV, poderão ser utilizados dois testes rápidos sequenciais que deverão apresentar resultado positivo.


A partir disso, os pacientes deverão realizar s exames de contagem de linfócitos T CD4+ e quantificação da carga viral do HIV — que servirá para descartar a ocorrência de duplo falso-positivonos testes rápidos utilizados, que é rara, e consiste no primeiro exame de monitoramento da pessoa vivendo com HIV.


Para as hepatites B e C, com os resultados positivos nos testes rápidos de HBsAg ou Anti-HCV, respectivamente, o paciente deve realizar um exame molecular ou sorológico (no caso de hepatite B), afim de confirmar o diagnóstico.


Já para a sífilis, com o resultado positivo no teste rápido, é necessário fazer um exame de sangue não treponêmico complementar, confirmando o quadro.



Onde fazer?



A testagem rápida para as ISTs é oferecida em todo o Brasil e podem ser encontrados nas UBS (Unidades Básicas de Saúde), serviços de assistência especializada, centros de testagem e aconselhamento.





A recomendação do Ministério da Saúde é que os testes rápidos sejam realizados em visitas de rotina aos serviços de atenção básica, não necessitando de agendamento, bem como em ações promovidas por equipes de saúde.


Em São Paulo, a SES-SP disponibiliza a relação de serviços de testagem gratuita pelo site ou pelo serviço Disque DST/Aids: 08000-162-550.


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